Leia artigo publicado no
blog da PRE-SP:
As eleições de 2016 tem sido consideradas uma espécie de
"laboratório" para muitas medidas, trazidas pelo Poder
Judiciário (como a proibição de doações de pessoas jurídicas) ou pela
mini-reforma eleitoral de 2015 (redução do tempo de campanha, limites de gastos
para as candidaturas, restrições à propaganda eleitoral).
Se derem certo, ficam.
Se derem errado, sairão por força da próxima lei da mini-reforma
eleitoral que, com 100% de certeza, será publicada em setembro de 2017, exatos
trezentos e sessenta e seis dias antes das eleições de 2018...
Claro que "dar certo" é um juízo que depende de quem faz. Nem
sempre o que dá certo para os eleitores, dá certo também para os partidos,
candidatos e para a classe política.
Surge, porém, uma novidade que não depende dos tribunais nem dos
congressistas: é a participação política das mulheres. Fizemos aqui um evento
na PRE-SP para discutir igualdade entre os gêneros nas eleições e foi
algo maravilhoso e forte. Mais de duzentas mulheres e trinta homens
compareceram e fizeram propostas argutas e ousadas.
Os partidos que fiquem atentos e larguem o machismo que, historicamente,
não gosta de ver mulheres disputando ou exercendo o poder: a sociedade já vai
adiante, querendo mecanismos constitucionais e legais que assegurem a igualdade
de todos e todas."
* Luiz Carlos dos Santos Gonçalves é Procurador
Regional Eleitoral em São Paulo