Os caucuses de Iowa, que atraem
tanta atenção do público e da mídia e têm tanta influência sobre os desdobramentos
da corrida presidencial, são alvo de duras críticas enquanto sistema eleitoral.
O que se diz é que embora possam
parecer democracia em ação, na realidade a grande maioria dos dois milhões de
eleitores inscritos no Estado não participa. Apenas os eleitores mais engajados
e comprometidos compareceriam aos cáucuses de Iowa.
Há quem considere que os métodos
adotados nos caucases são antiquados e dificultam a participação popular, em
especial dos eleitores que dispõem de limitados recursos econômicos.
Além disso, critica-se a exagerada importância
atribuída ao processo eleitoral nesse Estado que nada tem de representativo da composição
demográfica do restante do país. É um Estado de grande maioria branca, rural e cristã.
A participação é dificultada para
trabalhadores, famílias com crianças, executivos em viagem, militares em
serviço, pessoal da área de saúde, doentes e enfermos, empregados de
restaurantes e todos mais com pouca inclinação para a política.
Isso
porque as portas são fechadas cedo, às 19h, e é preciso ouvir os discursos em
favor dos candidatos e as deliberações sobre temas partidários. Não se pode
apenas chegar, votar e sair.
Por isso, há quem
diga: os caucases de Iowa não são representativos, são excludentes,
inconvenientes, disfuncionais e antidemocráticos. Por conseguinte, não é aceitável
que tenham tanta influência sobre o restante da corrida presidencial.