O
governador do Estado norte-americano de Michigan, o Republicano Rick Snyder,
acaba de sancionar uma lei que exclui das cédulas de votação que serão doravante
utilizadas no Estado a possibilidade de votar na legenda.
Até
a edição dessa lei, o eleitor podia escolher votar unicamente no partido, e com
isso eleger candidatos do mesmo partido para todos os cargos em disputa.
Para
justificar sua decisão, o governador afirmou que apenas 10 Estados, Michigan
entre eles, permitiam que os eleitores votassem no partido em vez de votar em
pessoas: “é hora de escolher pessoas acima da política”, afirmou.
Embora
a medida favoreça o personalismo já muito acentuado na política
norte-americana, essa não foi a principal crítica que se fez à medida. O que seus
opositores afirmam é que a possibilidade de voto na legenda tornava o ato de
votar muito mais rápido, ajudando a evitar a formação de longas filas nos
locais de votação.
De
fato, era só marcar o X diante do nome do partido e com isso já estava feita a
escolha de todos os candidatos para todos os cargos.
Para
evitar que a nova medida torne a votação mais lenta e difícil, o governador requereu
ao Poder Legislativo estadual que aprove uma lei permitindo aos eleitores votar
por correspondência durante o período de 15 dias antes da eleição, sem ter que
justificar o motivo.
Em
eleições passadas, em certos condados do Estado, foi significativo o número de
votos nas legendas partidárias: Em 2014, no condado de Oakland, 109.711 pessoas
votaram na legenda do partido Democrata e 108.211 na do partido Republicano ;
no condado de Wayne, foram 224.806 e 71.846. No condado de Macomb, foram 60.048
e 53.130.
A
lei aprovada agora prevê a destinação de 5 milhões de dólares para a aquisição
de equipamentos de votação adaptados à mudança. Por causa dessa destinação, a
medida não poderá ser submetida a referendo popular.