Leia matéria publicada em 12/01/16 no site do MCCE :
Brasília –
Na tarde desta terça-feira (12), o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral
(MCCE), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), além de dezenas de entidades nacionais, lançaram na
sede nacional da OAB, a campanha “Comitês Contra o Caixa Dois de Campanhas
Eleitorais”.
A proposta
visa denunciar candidatos que realizarem campanhas desproporcionais aos valores
declarados legalmente, advindos do fundo partidário ou de pessoas físicas
(únicos formatos de financiamento eleitoral aceitos atualmente).
Este
trabalho será realizado a nível nacional, com a participação das centenas de
comitês MCCE, seccionais da OAB,
milhares de paróquias da Igreja, além do apoio de outras entidades colaboradoras.
milhares de paróquias da Igreja, além do apoio de outras entidades colaboradoras.
Para o
codiretor do MCCE, Luciano Santos, os trabalhos dos comitês MCCE e das entidades
da Rede MCCE abarcarão, além da fiscalização pelo cumprimento da Lei “Contra a
Compra de Votos” (Lei9840/99) e Lei da “Ficha Limpa” (LC 135/10), também o
combate ao abuso do poder econômico pelo “Caixa Dois”. “Os comitês MCCE são de
suma importância no levantamento de provas e no encaminhamento das possíveis
reprovações das contas de campanhas que apresentarem irregularidades”,
completou Santos.
Carlos
Moura, também diretor do MCCE, afirmou que o sucesso desta campanha só será
possível com a mobilização da sociedade, ação que deverá ser conduzida pelos
comitês. Para Moura, não basta que os candidatos tenham Ficha Limpa, é preciso
saber se eles têm compromisso com sociedade, com o bem comum. “Combater o caixa
dois e alertar o eleitor contra aqueles que não merecem o nosso voto é
responsabilidade da sociedade civil”, disse Moura.
Para Dom
Joaquim Mol, presidente da Comissão pela Reforma Política da CNBB, a campanha
pelas eleições e o combate ao “Caixa Dois” são lutas contra as impurezas
das eleições no Brasil. Ele disse ser preciso pensar todos os comitês do
Brasil, preparar as pessoas no exercício da cidadania. Completou: “A grandeza
deste país não está definida pela podridão da corrupção, mas por brasileiros e
brasileiras dispostos às coisas do bem.”
O Presidente
da OAB, Marcus Vinícius Furtado, afirmou ser a relação entre empresas doadoras
de campanha e políticos, o “germe da corrupção” no país. Disse ainda que
desvios de verbas para a saúde e educação são realizados para campanhas
eleitorais, para “Caixas Dois” de campanhas. Finalizou: “O eleito não deve
prestar contas para doadores de campanha, mas para a sociedade que o elegeu.”
Ascom-MCCE