Leia matéria publicada em
22.11.16 no site da PRE-SP:
A PRE-SP
recomendou aos Promotores Eleitorais que apurem a ocorrência de candidaturas
femininas promovidas apenas para ilusoriamente cumprir a cota de gênero nas
chapas
A Procuradoria Regional Eleitoral no
Estado de São Paulo (PRE-SP) expediu recomendação aos Promotores Eleitorais do
Estado (REcomendação PRE-SP/MPF nº 14/2016) para que investiguem possíveis
casos de candidaturas femininas falsas, ou seja, aquelas candidaturas que foram
apresentadas apenas para simular que os partidos e as coligações estivessem
cumprindo a cota de gênero em suas chapas.
Os principais indícios de possíveis
candidaturas falsas são a pronta renúncia, a ausência de movimentação
financeira pelas campanhas - sem qualquer arrecadação de recursos ou realização
de despesas - e votação zero no pleito, situações que muito provavelmente
indicam que as candidatas não fizeram campanha, sendo arregimentadas pelos
partidos apenas para dar a aparência de que cumpriam a cota de gênero.
No Estado de São Paulo, e de acordo
com dados disponibilizados pela Justiça Eleitoral, 2.355 candidatas não
receberam voto algum nas eleições deste ano. Desse total, 1.237 estão em
situação de suplência, o que quer dizer que, eventualmente, podem assumir como
vereadoras em seus municípios, mesmo sem receber qualquer voto.