Matéria
publicada hoje no jornal Folha de S.Paulo, com chamada na primeira página, dá
conta de que a rejeição ao Congresso Nacional acaba de atingir patamar inédito.
Segundo
a reportagem, pesquisa Datafolha realizada entre os dias 7 e 8 de dezembro
mostra que 58% da população considera ruim ou péssima a atuação dos deputados e
senadores eleitos em 2014. O jornal informa que esta é a maior rejeição da
série histórica, superando numericamente o patamar de setembro de 1993, que era
de 56%.
Ao
mesmo tempo, os acontecimentos recentes revelam com clareza inaudita o quanto o
Parlamento tem importância no arcabouço institucional brasileiro. No plano
federal, além de editar leis, o Congresso Nacional tem o poder de emendar a
Constituição e de destituir o presidente da República.
Tanto
poder nas mãos de parlamentares tão mal vistos pela população.
Essa
situação aponta para a necessidade urgente de melhorar o nível dos nossos
parlamentos, em especial no que diz respeito ao espírito público que se espera
dos representantes do povo.
Enquanto o parlamento for ocupado por
indivíduos que fazem da política profissão, com vistas ao lucro e à perpetuação
no poder, esse estado de coisas se manterá inalterado.
Por
isso é chegada a hora de retomar a auspiciosa proposta que o MCCE vem
apresentando há alguns anos: limitar a possibilidade de reeleição dos
parlamentares a no máximo dois mandatos consecutivos (M2M).
Nós
já tratamos desse assunto aqui no blog, e remetemos o leitor ao texto publicado
aqui em 7 de outubro de 2014.