Nos próximos dias 11 e 18 de junho se
realizarão as eleições legislativas na França, em dois turnos. Serão eleitos
pelo voto direto todos os 577 deputados que compõem a Assemblée nationale.
O
modo de escrutínio é majoritário uninominal, conhecido entre nós como voto
distrital.
Isso
significa que o território é dividido em tantas circunscrições quantos são os
deputados a eleger, e cada circunscrição elege um deputado.
Os
limites das circunscrições, no interior de cada departamento francês, são fixadas
com base no número de habitantes, de tal forma que cada circunscrição tenha
aproximadamente 125.000 habitantes.
Para
ser eleito no primeiro turno, é preciso obter a maioria absoluta dos votos
válidos, e um número de votos igual ou superior a um quarto dos eleitores
inscritos (o voto é facultativo na França).
Se
nenhum dos candidatos obtiver a maioria absoluta, participam do segundo turno
os candidatos que obtiveram no primeiro turno votos em número equivalente a pelo
menos 12,5% dos eleitores inscritos na circunscrição.
Sendo assim, em tese, mais de
dois candidatos podem participar do segundo turno na mesma circunscrição. Se
nenhum candidato, ou se apenas um, atingir o limite referido, hipóteses mais
prováveis na prática, os dois mais votados vão ao segundo turno.