O presidente norte-americano Donald
Trump acaba de baixar uma Ordem Executiva que cria uma comissão com o propósito
declarado de elaborar um estudo sobre a ocorrência de fraude eleitoral no país.
Porém, na opinião dos observadores
mais qualificados, a verdadeira finalidade da referida comissão é embasar a
edição de leis mais duras em matéria de direito de voto.
O
objetivo na realidade é justificar a exigência de documentos cada vez mais
específicos para identificação do eleitor, medida que atinge sobretudo imigrantes
e minorias, tradicionais eleitores do partido Democrata.
A
desconfiança funda-se principalmente na escolha, para compor a comissão, de
nomes que sabidamente têm por missão de vida agigantar os dados sobre fraude
eleitoral e dificultar ao máximo o alistamento e o voto.
Entre
esses, destaca-se o secretário de Estado do Kansas, Kris Kobach, responsável
pelas mais duras leis do país em matéria de identificação do eleitor, diversas vezes
processado por entidades de defesa dos direitos civis por dificultar o
exercício do direito ao alistamento e ao voto.
Na opinião de especialistas e do
jornal New York Times, a alegação de que milhões de “ilegais” votaram em Hillay
Clinton não tem respaldo nos fatos, sendo mínima na realidade a ocorrência de
fraude eleitoral no país.